Assédio de 10 segundos: Juiz absolve acusado e revolta Itália

Um juiz italiano absolveu um homem acusado de assédio sexual, alegando que o ato durou menos de 10 segundos e, portanto, não poderia ser considerado um crime. A decisão gerou revolta e protestos em toda a Itália, com ativistas e políticos condenando a sentença como uma afronta à justiça e aos direitos das mulheres.

Segundo a acusação, o homem teria agarrado o seio de uma mulher em um ônibus lotado. No entanto, o juiz argumentou que o ato foi breve e não teve intenção sexual, classificando-o como uma 'brincadeira inapropriada'.

A decisão foi amplamente criticada por grupos de direitos das mulheres, que argumentam que ela envia uma mensagem perigosa de que o assédio sexual é aceitável se for cometido por um curto período de tempo. 'Esta decisão é um retrocesso para os direitos das mulheres e mostra que ainda há muito trabalho a ser feito para combater a cultura de violência e assédio', disse uma porta-voz de uma organização feminista.

Em resposta à indignação pública, o Ministério da Justiça italiano anunciou que revisará a decisão do juiz. A ministra da Justiça, Marta Cartabia, disse que a sentença 'não reflete os valores da nossa sociedade' e que 'medidas serão tomadas para garantir que tais decisões não se repitam'.